As entrevistas não nascem<br>todas iguais

A nova fase da vida política nacional provocou convulsões em muitas cabeças que povoam o espaço mediático. Ainda que muitos dos ilustres comentadores e opinadores profissionais não tenham ultrapassado o choque com a realidade – que mostra serem possíveis medidas que não cabem na cartilha das inevitabilidades – têm surgido na imprensa entrevistas interessantes.

O Público, no espaço de poucos dias, deu-nos a ler três longas entrevistas: primeiro a Carlos Moedas (ex-membro do governo PSD/CDS e actual comissário europeu), depois a Mariana Mortágua (deputada do BE) e a João Oliveira (presidente do grupo parlamentar do PCP). Se o primeiro teve direito a quatro páginas, os últimos ficaram com metade. Mas ainda mais difícil é justificar a disparidade com que entrevistas sobre o mesmo tema foram destacadas. Enquanto Mariana Mortágua (e Carlos Moedas), como qualquer boa criação mediática, tem direito a fotografia com manchete, a entrevista a João Oliveira não saiu de um pequeno canto da primeira página. Um canto que caberia nove vezes na fotografia de Mariana Mortágua – e ainda sobrava espaço.

Também por esses dias, a SIC emitiu duas entrevistas separadas por dois dias a Passos Coelho e Jerónimo de Sousa. A primeira, ao ex-primeiro ministro, durou 20 minutos no Jornal da Noite, seguida por mais 30 minutos na SIC Notícias. Já a presença de Jerónimo de Sousa no Jornal da Noite não chegou aos três minutos, ficando a entrevista bem guardada para o canal informativo, onde durou pouco mais de 20 minutos. Contas feitas, o tempo do PCP em canal fechado foi o mesmo que o PSD teve em canal aberto. E mais meia hora faltou.

Ao longo destes 95 anos que assinalámos com o comício da Aula Magna – e que a imprensa escrita não só escondeu, e que para o Público não existiu, como deturpou o que lá foi dito – conhecemos bem a discriminação mediática, e se cá estamos com a influência que temos é porque a vida do PCP extravasa em muito todas as páginas de jornal que a tentem apagar.

 



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